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Jag Duggal: O futuro das fintechs está no sul global?

Artigo de Jag Duggal, Chief Product Officer do Nubank

Já se passaram quatro anos desde que fiz minha primeira entrevista no Nubank. Na época, Edward Wible, fundador e então CTO, me disse: “Acho que o futuro do setor bancário, em todo o mundo, pode ser definido no Sul Global – em lugares como Brasil e Índia”. Eu estava cético, mas essa possibilidade foi uma das razões pelas quais aceitei o emprego, e fiquei com isso em mente desde então.

Em 2021, o mundo estava entusiasmado com o potencial transformador das fintechs. A imprensa estava alvoroçada com cinco empresas visionárias e seus IPOs:

– A Coinbase construiu um futuro acessível e compatível para cripto

– A Robinhood reinventou investimentos para uma nova geração

– A Affirm trouxe disrupção ao mercado de crédito ao consumidor com o compre agora, pague depois (Buy Now, Pay LAter, em inglês)

– A SOFI alavancou tecnologia para reduzir o ônus da dívida estudantil

– A Lemonade lançou seguros digitais orientados por propósito

Longe dos EUA e dos holofotes da imprensa global, o Nubank avançava silenciosa e rapidamente – uma das últimas empresas a abrir capital na NYSE em 2021. Hoje, o valor de mercado da Nu corresponde ao de todas as cinco empresas acima… combinadas.

Economistas que estudam o surgimento de ecossistemas industriais (ver Michael Porter: The Competitive Advantage of Nations) mostraram que existem razões pelas quais os campeões globais surgem em determinadas épocas e lugares. Não é por acaso que a Toyota emergiu do Japão pós-guerra. Ou que o Walmart surgiu na zona rural de Arkansas logo após o sistema de rodovias interestaduais dos Estados Unidos.

A necessidade do cliente era profunda – para carros pequenos e baratos, mas confiáveis, no Japão do pós-guerra; para varejo com desconto no Centro-Oeste exurbano.

A competição foi intensa. O Japão tinha mais de seis empresas lutando por participação no mercado automotivo. O varejo dos Estados Unidos tinha concorrentes ferozes que iam da Sears ao Kmart, do Costco à Toys-R-US.

O Brasil é um país sofisticado de renda média, onde a desigualdade de renda e a ansiedade financeira são altas. Cada R$ conta. Concorrentes impressionantes, de grandes bancos e novos players digitais, estão competindo frente a frente. Todos os dias, é preciso estar comprometico com inovação.

Além disso, o Banco Central do Brasil é talvez o regulador mais politicamente progressista e tecnocraticamente impressionante do mundo. Tem fomentado sistematicamente a inovação pró-consumidor com uma agenda que inclui o sistema de pagamentos móveis PIX, o Open Finance e a tokenização de ativos com o Real Digital.

Então talvez Edward estivesse certo – talvez o futuro das finanças não venha de Nova York ou Londres. Mas de lugares como o Brasil, mas também a Índia, onde empreendedores como Jitendra Gupta e a equipe Jupiter, e Kunal Shah e a equipe Cred estão trazendo serviços bancários de última geração para pessoas, em um país com população de mais de 1 bilhão. E também a África do Sul, onde Gerrie Fourie e Capitec estão fundindo o acesso financeiro digital e físico de maneiras verdadeiramente inovadoras. E o Cazaquistão, onde Mikhail Lomtadze & Kaspi estão construindo uma plataforma de consumo em uma variedade estonteante de setores.

Os pioneiros da tecnologia estão surgindo longe do Vale do Silício. As histórias mais incríveis estão sendo escritas em lugares inusitados. Fique atento!

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